A equilibrada campanha do Corinthians no Campeonato Brasileiro ruiu nas últimas rodadas. Com duas derrotas consecutivas - 1 a 0 para o Cruzeiro, no Pacaembu, e 3 a 2 para o Avaí, na Ressacada - , a equipe levou quatro gols, mesmo número que havia sofrido em dez jogos.
Fora isso, o ataque, que já foi o melhor do Campeonato Brasileiro, balançou a rede apenas uma vez. Agora o time caiu para terceiro nesse quesito, com 21 gols marcados. Na defesa, dobrou o número de gols sofridos, mas o Corinthians ainda é a equipe menos vazada do torneio, com oito.
"Temos que conversar dentro do grupo, rever as imagens dos jogos e tentar fazer o que vínhamos fazendo antes", disse o meia Danilo nesta segunda-feira. "Não é uma preocupação, mas temos que procurar corrigir, porque nós não estávamos dando chance ao adversário, o time estava bem coeso".
Um dos fatores que podem explicar a queda de rendimento é a onda recente de desfalques. No duelo contra o Avaí, Tite não teve seis jogadores à disposição: o goleiro Julio Cesar, o lateral direito Alessandro, os zagueiros Chicão e Wallace, o meia Ramírez e o atacante Liedson.
O alto número de baixas no time, tanto no sistema defensivo quanto na frente, prejudicou o entrosamento e consequentemente o equilíbrio, principal bandeira do treinador. "Equilíbrio, falo para mim mesmo. Sabe por quê? Porque busco isso diariamente, através dos amigos, da família, da oração, para desenvolver meu trabalho", diz Tite.
O revés por 3 a 2 para o Avaí, no domingo passado, foi o primeiro jogo sob comando de Tite em que o time sofreu mais de dois gols. "No futebol, você não pode ter desatenção. Acabamos tomando gols que não vínhamos tomando", alerta o jogador Danilo.
Nesta quarta-feira, diante do América-MG, o Corinthians pode ter o retorno de seu capitão, o zagueiro Chicão, que não entrou em campo na rodada passada em virtude de edema na coxa direita. Um novo tropeço, dentro do Pacaembu, ameaçaria a ponta isolada no campeonato.
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